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Expografia

My name is-  Ivald Granato - Eu sou

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A Exposição My Name Is - Ivald Granato - Eu Sou montada no centro cultural e desportivo Sesc Belenzinho, na cidade de São Paulo, foi a primeira mostra individual do artista Ivald Granato após seu repentino falecimento, em 2016. Ivald transitava por múltiplas linguagens e a expografia deveria abarcar a variedade de suportes e formatos de sua obra, analógicos e digitais, permitindo melhor representar 50 anos de produção artística ininterrupta. O projeto arquitetônico partiu de uma diretriz curatorial: a existência de um núcleo representando o ateliê do artista, onde se recriaria seu ambiente criativo, com objetos pessoais, pequenas obras, materiais, ferramentas. A partir desse centro irradiador criativo, foi definida uma expografia radial, de onde “explodem” as múltiplas facetas do artista em diversos suportes e linguagens. 

Em termos de organização espacial, partiu-se de uma releitura do Palácio Champs-de-Mars, construído para a Exposição Universal de 1867, idealizado por Frédéric Le Play e projetado pelos engenheiros Jean-Baptiste Sébastien Kranz e Gustave Eiffel, cuja estrutura elíptica do palácio permitiu a organização de secções temáticas nos círculos concêntricos e separação das representações nacionais no sentido radial. Tendo essa referência por base, são criadas elipses concêntricas que se adequam à sala expositiva e servem como um grid para o desenho expográfico. Essa organização permite que as obras fiquem integradas, mesmo que organizadas por temas em áreas separadas, todas relacionadas ao núcleo central do ateliê. 

Os temas propostos pela curadoria - galeria de pinturas e desenhos, performances, cadernos do artista, ateliê - espacializam-se em planos curvos materializados como painéis de madeira seguindo o grid elipsoidal que dividem- integram as diversas áreas. 

Esses planos idealizados como cascas que afinam nas bordas, de forma a aparentar leveza e remeter às pinceladas tão características do artista. Pintadas de branco, as faces côncavas das cascas recebem as obras; as faces posteriores, sem obras, são pintadas de acordo com uma paleta de cores retirada da obra do artista, em especial do quadro Today, de 2009. Assim, a partir da entrada na exposição, as obras vão se descortinando atrás das curvas coloridas até se alcançar o núcleo central do ateliê. 

Na área externa do núcleo estão localizados 26 tablets com entrevistas de pessoas próximas ao artista que responderam à pergunta: “Quem é Granato?”. Dentro do ateliê, um espaço de forma elíptica onde foram disposta prateleiras contínuas, o visitante é convidado a mudar de ambiência: o espaço branco, com iluminação mais fria e intensa, diverge do ambiente externo da exposição e propõe que o visitante adentre o universo pessoal de Granato. A mostra complementa-se com uma exposição digital disponível por meio de óculos de realidade virtual e uma reprodução com dimensão aproximada de 6 metros de um Head, uma das séries do artista, no átrio do edifício do Sesc. 

 

Ano: 2019

Local: Sesc Belenzinho São Paulo/ SP - Brasil

Área: 350 m2

Projeto Expográfico: Carmela Medero Rocha, Stephanie Fretin, Marina Lickel  (colaboradora)

Curadoria: Daniel Rangel

Design Gráfico: Guilherme Falcão

Iluminação: Fernanda Carvalho e equipe

Produção geral: arte3

Experiência 3D: Tadeu Jungle

Vídeos: Alice Granato

Projeto estrutural Heads: Heloísa Maringoni

Montagem expografia: Entre Produções

Coordenação de montagem museológica: Lee Dawkins

Montagem instalação Heads: EPROM

Fotos: Maíra Acayaba e Pedro Abude/ Sesc SP

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