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Expografia
Bienal Naïfs do Brasil

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Expografia para Bienal Naïfs do Brasil. 

Ano: 2020

Local: Piracicaba/ SP - Brasil

Área: 158 m2

Realização: Sesc Piracicaba / Sesc-SP
Curadoria: Renata Felinto e Ana Avellar
Expografia: Carmela Rocha e Beatrice Perracini 
Iluminação: Aline Santini
Design Gráfico: Flavia Castanheira e Luciana Facchini

Produção: DB Produções
Montagem de Luz: Santa Luz
Montagem Fina: Install

Montagem: Asia Estandes

O projeto expográfico da Bienal Naïfs parte de um mergulho na produção artística naïf, em especial nas obras que compõem a mostra em toda sua diversidade de olhares, que perpassa de norte à sul, do rural ao urbano em suas multicoloridas formas de expressão, suportes e linguagens. A expografia busca reinterpretar essa essência, encontrando na arquitetura vernacular das diferentes regiões brasileiras a inspiração para ocupar o espaço como fundo e como figura a receber e dialogar com as obras.

Palavras como afeto, identidade, popular, manualidade nos inspiraram a olhar para as diferentes tramas existentes na nossa cultura - da cestaria e pintura indígenas, passando pelas casas ribeirinhas A cas até os gradis que se espalham pelas nossas cidades em suas diversas formas, composições e padrões. As tramas reaparecem na exposição em painéis de madeira trabalhados que organizam o espaço e a narrativa separando as diferentes áreas propostas pela curadoria da mostra - Festas, Mulheres, Política, Meio-Ambiente e Esculturas e Brinquedos - ao mesmo tempo que as integram, por sua transparência e permeabilidade visual, colocando sempre uma área em relação à outra. A trama dos painéis não só simboliza essa riqueza do trabalho manual, mas traz para dentro do espaço a mão dos artesãos-marceneiros que construíram a expografia para um diálogo com a mão dos artistas. A madeira, como material predominante na expografia, torna-se neutra para receber a multicoloridas obras, destacando-as do fundo.

Em uma segunda área da exposição, os Ateliês de três artistas homenageadas - Carmela Pereira, Raquel Trindade e Sanipã - foram criados espaços circulares, que aludem a seus locais de trabalho, e ocupam a área da antiga varanda da sala expositiva do Sesc Piracicaba. Esses três espaços circulares mais um quarto, elipsoidal, onde localiza-se o Educativo - um ateliê para todos - foram “escavados” de uma floresta de fios verdes que preenchem todo ambiente, servindo tanto para filtragem da luz quanto como barreira permeável que permite a ventilação cruzada do espaço. Simbolicamente esses fios aludem às fitas de festas populares, e sua cor verde e materialidade sintética trazem um pouco da cultura urbana e popular.

Na entrada da exposição, no térreo do edifício, as outras duas artistas homenageadas - Leda Catunda e Sônia Gomes - preenchem o pé-direito duplo do espaço e dialogam com brinquedos e esculturas expostos, como um chamariz, um convite a entrar.

Uma expografia que busca dialogar com a diversidade presente na mostra, ampliando a potência espaço-temporal ao dialogar com diferentes tradições da arquitetura vernacular, conectando com parte do nosso imaginário como brasileiros.

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